Entrevista com Ariella Dance




Ariella integra o time de musas da Fan Page DV e é uma linda e talentosa bailarina, cheia de vivacidade e talento iniciou seus  estudos de dança do ventre aos 11 anos de idade em uma academia de ginástica, mas antes já havia tido contato com Ballet, Jazz e Street Dance. Depois disso passou por diversas escolas especializadas na arte da Dança do Ventre, sob a instrução das professoras Maisha el Shaddai, Lunnah farah e Kelly Obara- da Luxor- Nájua e Shahar Badri, Lulu Sabongi e Malak Alaoani- da Khan el Khalili.
    Entrou no mercado da dança aos 18 anos, tendo estabelecido uma ativa rotina de shows, dançando em diversos lugares, inclusive na abertura de shows de grandes cantores internacionais como George Wassouf, Ali Dib e Fares Karam e me estabelecido na Khan el khalili em 2009.

 
 QUE IMPORTANCIA A DANÇA DO VENTRE TEM EM SUA VIDA? 
Por eu ter tido contato com outras modalidades de dança, posso falar com propriedade que foi na dança do ventre que realmente me encontrei, e não só digo isso como bailarina, mas também como mulher. Tenho outra profissão- sou advogada- e é na dança que retiro o oxigênio para manter a minha alma saudável e a minha mente tranquila.

A dança do ventre, por ser uma dança livre, nos dá a possibilidade de sermos nós mesmas em ação, no caso da caracterização da personagem em seus figurinos- desde um gosto exagerado, muitas vezes inaceitável no dia-a-dia, como excesso de brilhos, purpurinas, longos cílios postiços- estilo Drag Queen de ser- até no próprio estilo da dança em si, por termos a oportunidade de nos expressarmos ao improvisar- fechar os olhos e sentir a forma como a musica provoca o nosso corpo.

A dança, por si só, já nos transporta para outro tipo de tempo, não o tradicional chronos, o tempo dos homens, mas para o ethos, o tempo divino- por isso ao dançar uma musica que amamos, 10 minutos se transformam em 2- e na nossa dança, a dança do ventre, isso acontece com a transcendência de nossa essência, transbordando todo o nosso feminino e nossos sentimentos em movimentos. Para mim isso é liberdade, amor, descoberta, êxtase...

Ah, não posso deixar de citar aqui a importância inclusive que teve a dança em minha vida no que tange às pessoas que conheci- todas com um espírito liberto, colorido, que sempre me preenche de alegria- as bailarinas, com camarins divertidíssimos, minhas alunas, as pessoas interessadas pela arte e cultura, o COKK,  os entusiastas, inclusive minhas maiores amigas são todas pessoas ligadas à dança.
 UMA APRESENTAÇÃO MARCANTE EM SUA TRAJETÓRIA BELLYDANCE?
 Sou uma bailarina muito ativa no mercado de shows, então estou sempre dançando em diversos eventos cobertos de luxo e glamour... entretanto a apresentação mais marcante que fiz foi um show beneficente no CEU de Interlagos, para uma comunidade carente que estava organizando um sarau do Kalil Gibran. Lembro até hoje da sensação de pisar naquele palco e ser observada com aqueles olhares deslumbrados, transportando aquelas pessoas a um universo totalmente desconhecido, e então apresentado... via-se o encanto em seus rostos e sonhos florescendo.
 QUEM SÃO SUAS INSPIRAÇÕES ARTISTICAS?
 Tenho diversas inspirações artísticas... gosto muito de estudar desde ballet até movimentos do street dance, mas quando o assunto é dança do ventre, meus maiores ícones são a bailarina Soraia Zaied e Jade el Jabel pela forma com que executam a dança de forma despojada, livre e segura, sem deixar de lado a potência de seus quadris, tirando a leitura musical impecável... chegamos a sentir desde a respiração da musica até as batidas fortes e vibrantes em seus movimentos corporais.
 NA SUA OPINIÃO, QUAL O MAIOR DESAFIO ENFRENTADO POR BAILARINAS PROFISSIONAIS?
 Acredito que domar suas emoções e obter o reconhecimento do público. Ter que estar sempre bem, independentemente de como sua vida pessoal esteja se desenrolando, estar sempre passível a críticas- tanto positivas quanto negativas- e saber levar isso de maneira construtiva e se superar a cada apresentação.
ALGUMA VEZ JA PENSOU EM DESISTIR?  
Diversas vezes e por inúmeros motivos! Os desafios são constantes... aquele tempo que falta para ensaiar -entre os estudos da faculdade e os estágios, aquela fase de depressãozinha báaaasica que todas mulheres costumam passar, as críticas sempre presentes... mas a dança ao fim venceu, pois me sinto uma pessoa irrealizada sem tê-la em minha vida.


COMO FOI A SENSAÇÃO DE DANÇAR PELA PRIMEIRA VEZ NO KHAN EL KHALILI?
Meu Deus! Dançar no Khan el Khalili não era somente um objetivo para mim, mas sim um sonho que senti materializado assim que dancei pela primeira vez na sala Vale... sempre admirei todas aquelas bailarinas tão profissionais e deslumbrantes, e assim que me vi entre elas não pude acreditar! Me lembro como se fosse ontem o misto de realização e nervosismo... assim que acabei de dançar, fiquei vermelha igual a um peru, rs, e chorei pensando que não era capaz de dançar naquele lugar... e aqui estou eu, com os medos e inseguranças controlados, dançando naquele divino harém e ministrando aulas nesse lugar por mim tão sonhado!
O QUE VC MAIS ADMIRA EM UMA BAILARINA?
 Em primeiro lugar, antes de qualquer coisa, a simpatia e a humildade, pois muitas vezes temos admiração por uma bailarina, e ao conhece-la pessoalmente, tudo cai por terra quando vemos que essas duas características não estão presentes. No que diz respeito à parte técnica, admiro a altivez, a habilidade na criação do encantamento- de trazer você para a dança dela, de convencê-la do que está fazendo- a forma como ela domina o ambiente e o próprio corpo- desde as mãos, os braços, o quadril e a expressão facial.  
 3 MÚSICAS INDISPENSÁVEIS NA SUA TRILHA BELLYDANCE? 
Dificil essa hein! Rs! Acho que a paixão de Enta Omri, a riqueza de Cairo e o poder do derback “Magic Fingers”
QUAL MOVIMENTO VOCÊ MAIS SENTIU DIFICULDADES E COMO CONSEGUIU DOMINAR? Sem dúvidas o soldadinho! Rs! Não entendia como as laterais do meu quadril poderiam descer de forma perpendicular ao meu corpo sem tirar os pés do chão!!! Consegui domina-lo tentando experimentar diversas formas de entendê-lo em meu corpo- deitada no chão, descendo escadas, subindo na ponta dos pés... aí que entra o trabalho da professora como facilitadora.
 QUAIS AS DICAS QUE VOCÊ DARIA AS AMANTES DE DV QUE ESTÃO INCIANDO AGORA?
Em primeiro lugar, nunca desistir de seu sonho, já que, como em toda arte, o caminho é longo, árduo e interminável pois novidades surgem a todo momento e o estudo deve fazer parte da rotina de toda bailarina profissional. Ter humildade para aceitar uma correção de sua professora e disciplina para levar os estudos para casa e treino, treino e mais treino, também são pontos fundamentais.

A Equipe do Blog DANÇA DO VENTRE agradece sua colaboração Ariella, no enriquecimento desse espaço dedicado aos amantes de DV!

CONFIRA AQUI ALGUMAS PERFORMANCES DESSA MUSA LINDA E ENCANTADORA!


2 comentários:

  1. Adorei a entrevista; é sempre maravilhoso ler quem tem conhecimento, pois aprendemos muito.
    Sempre há dicas muito boas e aprendemos a nos notar e construir conosco mesmas a percepção de nosso corpo r movimentos.
    Obrigada!

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  2. Porisso que sou apaixonada por essa linda bailarina, mulher e menina que e a nossa Musa do nosso Clã COKK.....Falo em nome de tds do nosso grupo.


    \o/\o\/o\/o\/o/

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