Entrevista- Lessiana Alencar


Hoje nós vamos conhecer uma bailarina de Fortaleza-CE, mas que tem sua trajetória  na Dança do Ventre solidificada em solo Roiramense.
Lessiana Alencar, além de ser uma talentosa bailarina é uma mulher linda e guerreira, quem a conhece pessoalmente sabe da sua docilidade como pessoa e da sua seriedade profissional, sendo daquelas bailarinas raras que zela pela discrição e que não tem o exibicionismo como marca registrada.
Vale a pena conhecer o trabalho de uma profissional competente que busca sempre levar para Roraima grandes talentos da dança em seus eventos. Lessiana Alencar certamente já é ícone na história da DV em Roraima, como pioneira em ensino dessa arte na cidade, seu trabalho tem dado muitos frutos positivos, resultado de seus estudos com grandes mestres nacionais e internacionais.


1.  Como a DV entrou em sua vida?
 Eu conheci a dança do ventre em uma academia chamada Gynart em Fortaleza-CE, eu fui fazer aula por curiosidade. A minha primeira professora de Dança do ventre se chamava Edilane, nem sei por onde ela anda, gostaria até de saber. Ela foi uma das minhas primeiras incentivadoras. Lembro bem, eu tinha 3 meses de aula e ela pediu que as outras alunas sentassem, colocou a musica Whenever Wherever (estava na moda na época) e pediu que eu dançasse kkkkk eu não dancei, não tive coragem, fui pega de surpresa kkkk, uma outra colega levantou-se e dançou. Isso serviu pra eu perceber o quanto ela estava apostando em mim e no meu "jeito" pra dança do ventre.

 2. Como vc se tornou bailarina e professora de DV?
 Ainda em Fortaleza, com 8 meses de aula comecei a dar aula particular, eu estudava muito era muito esforçada, mas hoje eu sei que oito meses de dança é muito pouco pra quem dança e menos ainda pra dar aula. Mas quando conheci a dança do ventre (2001), não se tinha tanto acesso a informação como se tem hoje. Quem quisesse se especializar teria que viajar pra.São Paulo.
  Quando vim pra Boa Vista, pela primeira vez em abril de 2004. Descobri que aqui não tinha DV, então como eu queria continuar dançando fui em busca de escolas de dança e ofereci meu trabalho. Em agosto de 2004 eu comecei a ministrar aula em duas escolas. Fiquei em Boa Vista até dezembro e retornei para o nordeste, fui para Foraleza fazer aula, mas foi em.2006 em.Natal qur fiz curso específicos para professora. Nesta época eu já sabia o.que queria, passei a me preparar pra ser professora e bailarina de dança do ventre.

 3. Você é pioneira em aulas profissionais de dança do ventre em Boa Vista RR, como foi a aceitação dessa arte na cidade?
  Quando vim pra Boa Vista, pela primeira vez em abril de 2004. Descobri que aqui não tinha DV, então como eu queria continuar dançando fui em busca de escolas de dança e ofereci meu trabalho. Em agosto de 2004 eu comecei a ministrar aula em duas escolas. Fiquei em Boa Vista até dezembro e retornei para o nordeste, fui para Foraleza fazer aula, mas foi em.2006 em.Natal qur fiz curso específicos para professora. Nesta época eu já sabia o.que queria, passei a me preparar pra ser professora e bailarina de dança do ventre.


4. Na sua opinião quais os principais desafios para quem tem a arte DV como profissão?
 Como bailarina acredito que o maior desafio é saber lidar com o preconceito de quem não se dá ao trabalho de estudar essa arte, mas se acha no direito de falar absurdos sobre ela. A dança do ventre ainda está muito associada a uma dança que deve ser mostrada somente para o marido, por seus movimentos sexuais. A mídia por muitas vezes  reforça essa ideia equivocada quando mostra uma cena de uma atriz se "fantasiando" de bailarina de dança do ventre para seduzir alguém. Mas não perco as esperanças, percebo que aos poucos isto está mudando.

5. Qual movimento vc teve mais dificuldades em executar e como conseguiu?
Nossa quase não aprendo a batida em L , e olha que eu já tinha 1 ano de dança. Mas foi algo que realmente me deu muito trabalho. Eu venci a batida em L na persistência. Mas depois que aprendi, me apaixonei, é um movimento básico, mas que tem um efeito lindo, principalmente se executado na meia ponta.

6. na sua opinião o que é ser uma boa professora de DV?
Vou responder como aluna, gosto de professores que ensinam mais do quê só passos novos, gosto de conhecer um pouco da teoria dos estimos, das histórias. Gosto também quando o professor mostra várias possibilidades dentro um movimento, por exemplo: bailarino A usa esse movimento assim e já bailarino B costuma usar de outra forma. Sei que nem tudo tem uma verdade absoluta, e que estamos falando de arte, de emoção então sempre vai ter alguém transformando movimentos e técnicas sem perder a essência. Como professora tento fazer isso nas minhas aulas.

7- Qual o significado da DV em sua vida?
. Eu nem sei como seria minha vida sem a dança. Quando estou de férias me pego várias vezes dançando no meio da casa. Fazer o que ama  é algo de que  não se cansa nunca, vc pode até querer descansar, dar um tempo para fazer outras coisas mas a dança sempre vai estar na sua mente. Eu trabalho com a dança 11 meses por ano e quando estou de férias aproveito para elaborar eventos,  aulas, assitir dvds e estudar ainda mais. Quer dizer, não sei mais separar, minha vida pessoal da dança, sinto que estão entrelaçadas e sou feliz assim!

  8. Itens que considera indispensáveis em uma coreografia.
 Primeiro de tudo é o  ESTUDO,não só de movimentos, mas  é preciso saber o que se está dançando, a criação de uma coreografia começa de um estudo teórico sobre o estilo a ser coreografado,daí é só você somar com uma boa dose de CRIATIVIDADE e BOM SENSO.
Ainda que o estilo de dança permita certos exageros,  é  preciso ter cuidado, temos que pensar também em quem vai assistir.
Outro ponto importante é a LIMPEZA, a coreografia tem que ser dinâmica e criativa, mas sem exageros, pra não ficar confusa.

9.Quem são suas referências bellydance?
 Nossa tem tanta gente boa, tantas bailarinas e bailarinos maravilhosos, fica até difícil citar nomes, mas vamos lá.Costumo estudar bailarinas brasileiras como Nuriel El Nur, Aziza Mor Said, Mahaila El Helwa, dentre outras e adimiro e estudo a Saida (Argentina), Aziza (Canadá) Jillina (EUA) e Randa Kamel (Egípcia). Gosto muito das aulas e das técnicas do Amir Thaleb, Mohamad Shahin. Conheci recentemente os mestres Gamal e Khaled Seif, adoráveis!

10. que dicas vc daria para quem esta iniciando na Dança do
A primeira dica é: paciência- é preciso se dá um tempo, dá um tempo ao corpo pra que ele se adapte ao que está sendo ensinado, a dança oriental é bem diferente das danças brasileiras é preciso um trabalho de conscientização corporal, sem pressa. Outra dica é a continuidade, fazer um mês de aula e parar três não ajuda pelo contrário atrapalha, pois é preciso recomeçar. E a última dica é treinar em casa e ouvir muita música árabe, o cérebro precisa acostumar-se ao estilo.




Entrevista por Sarah Zayn
Fotografia: Márcio Sheeny
                   Marcelo Seixas
Edição: Fan page DV 
Contato:Lessiana Alencar          

Um comentário:

  1. Adoro, minha teacher, ela realmente venceu pelo talento e hoje é referência na dança. Uma guerreira, conheci a dança do ventre através dela, e hoje não sei viver sem dança. Parabéns teacher, amiga, Diva.

    ResponderExcluir